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domingo, 18 de novembro de 2012

Grupo pede agilidade nas cirurgias de câncer de mama

Um grupo de voluntárias do Grupo da Mama do Hospital Conceição entregou, na manhã desta terça-feira, uma representação ao procurador-geral do Estado, Eduardo de Lima Veiga, pedindo agilidade nas cirurgias de câncer de mama na instituição. O pedido foi movido em função das remarcações dos procedimentos por causa da falta de anestesistas. 

Segundo a presidente do grupo, Flávia Teresinha Nunes, pelas suas características uma paciente diagnosticada com câncer de mama deve fazer a cirurgia com a maior rapidez possível. “Essa é uma maneira de reduzir o avanço da doença, minimizar o sofrimento da paciente e os custos ao serviço de saúde”, explicou ela. 



A vice-presidente do grupo, Edy Terezinha de Araújo, lembrou o sofrimento das mulheres que, mesmo com todos os exames e documentação necessários, só conseguem agendar o procedimento depois de quatro ou seis meses. “Não podemos aceitar que depois de todos os trabalhos de prevenção e pedidos para que as mulheres identifiquem a doença precocemente se poderão acabar morrendo na fila à espera da cirurgia”, lamentou ela.
 
 Segundo o responsável pelo Serviço de Mastologia do Hospital Conceição, José Luiz Pedrini, o ideal seria que a paciente aguardasse no máximo 30 dias entre o diagnóstico e procedimento. Porém, com a ausência de anestesistas, esse prazo está chegando a 90 dias. Ele lembrou que a doença tem avançado no Brasil e que provoca cerca de 10 mil mortes por ano - 1.050 delas ocorrem no Rio Grande do Sul. Em conversas com a instituição, Pedrini ressaltou que o maior impasse é a questão salarial, uma vez que os profissionais acabam não ficando no hospital e ingressam na iniciativa privada. “Esse é um problema crítico e que está sendo agravado no Estado”, afirmou.

 


Após receber a representação o procurador-geral do Estado, Eduardo de Lima Veiga, afirmou que vai encaminhar a questão à promotoria dos Direitos Humanos de Porto Alegre, para analisar o caso. Ele acredita que em duas semanas será possível fazer uma reunião com os representantes de todos os segmentos para discutir uma solução e garantir o atendimento das pacientes.

Correio do Povo - 13/11/2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sociedade de Mastologia denuncia atrasos na realização das cirurgias de câncer de mama


O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini, acompanhado pelo Grupo de Mama do Hospital Conceição, entregou ao Procurador-Geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, uma representação que denuncia os atrasos na realização das cirurgias de câncer de mama no Rio Grande do Sul. De acordo com o médico, hoje chega a 90 dias o prazo entre o diagnóstico e a intervenção cirúrgica, indispensável para o tratamento da doença.

 

"Estamos aqui preocupados com as consequências que esta demora nas cirurgias acarreta no tratamento desta doença. O ideal é que não se passem mais de 30 dias. Mas hoje estamos marcando cirurgias para o mês de março. Nesse período, o câncer pode dobrar de tamanho, dificultando o tratamento e comprometendo a chance de sobrevivência da paciente", alertou o médico ao entregar a representação.

Segundo ele, o principal entrave para a realização da cirurgia do tumor de mama é a falta de anestesistas, uma situação provocada pelo reduzido número de profissionais e pelos baixos salários pagos no Estado. Além disso, houve uma redução da oferta de salas cirúrgicas para a realização do procedimento.

 

O Procurador-Geral de Justiça disse que irá passar o documento à Promotoria de Direitos Humanos, além de relatar pessoalmente aos Promotores da área o que foi informado durante a reunião, que também contou com a presença do Subprocurador-Geral de Assuntos Jurídicos, Ivory Coelho Neto. “Acho que os envolvidos devem conhecer este problema e seus efeitos, caberá ao MP, em um primeiro momento, atuar como catalisador, reunindo as pessoas em busca de alternativas”, afirmou o PGJ.

Matéria publicada no site do Ministério Público do RS em 13.11.2012