Juntos somos mais fortes. Fortes, enfrentamos qualquer obstáculo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Mulheres a partir dos 40 anos devem fazer mamografia com mais frequência, alerta especialista

 

Médico sueco recomenda ultrassonografia para complementar o diagnóstico

 

O médico László Tabár, professor de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Uppsala, na Suécia, recomenda que a mamografia seja realizada com mais frequência por mulheres na faixa etária dos 40 aos 54 anos.

Em um trabalho de rastreamento mamário que durou três décadas e envolveu 133 mil mulheres, o especialista verificou a redução de 31% na mortalidade do câncer de mama entre as mulheres que realizaram mamografia em comparação com as que nunca tinham feito o exame.

De acordo com Tabár, o chamado tempo de permanência principal, que corresponde ao intervalo entre a detecção do câncer na mamografia e o aparecimento de sintomas, é menor nas mulheres mais jovens, expressando um crescimento mais rápido do tumor. Para detectar o câncer de mama mais cedo, a recomendação do médico é que as mulheres entre 40 e 54 anos façam a mamografia a cada 12 ou 18 meses.

Como os tipos de câncer de mama são muito diversos, outro alerta do especialista é considerar várias frentes no diagnóstico. Segundo ele, a mamografia é extremamente eficiente para detectar anormalidades em mamas predominantemente adiposas, mas tem dificuldade em encontrar anormalidades em tecido mamário denso. O ultrassom é o oposto: é menos eficiente em encontrar microcalcificações, mas pode encontrar cancros escondidos no tecido mamário denso. Os dois métodos se complementam. Para determinar a extensão da doença, a ressonância magnética é a melhor opção. A biópsia fornece o diagnóstico microscópico antes da cirurgia.

Tabár estará no Brasil entre os dias 1º e 4 de março para o Seminário de Detecção e Diagnóstico Precoce de Doenças Mamárias, no Hotel Hilton, em São Paulo. O evento é organizado pela Mammography Education Inc, dos Estados Unidos, e reunirá médicos de todo o Brasil.


Matéria publicada no Jornal Zero Hora em 24/02/2012

 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dia Nacional da Mamografia visa sensibilizar as mulheres sobre a importância de realizar o exame

Segundo o INCA, 52 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no país em 2012



 
Mais de 52 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no país em 2012, segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os estudos apontam que as taxas de mortalidade em função da doença continuam elevadas, o que ocorre devido ao diagnóstico tardio. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Para sensibilizar as mulheres sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce da doença, é comemorado neste domingo o Dia Nacional da Mamografia, instituído há três anos.

— A mamografia é o único exame capaz de detectar o câncer de mama em estágio inicial. São mais de 30 mulheres por dia recebendo o diagnóstico de câncer de mama no Brasil e, grande parte dos casos, se encontra em estágio avançado, o que é uma situação muito grave e preocupante — afirma a presidente e psico-oncologista do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz.

Para o diretor médico do Instituto Oncoguia, o Dr. Rafael Kaliks, a detecção precoce é o melhor caminho para enfrentar a doença. Se detectado ainda no início, o tumor na mama tem 95% de chances de cura, garante ele.

— O rastreamento anual por meio da mamografia permite diagnosticar o tumor mais cedo e isso tem repercussão direta na probabilidade de cura dessas pacientes — explica o especialista.

Luciana alerta que as mulheres precisam conhecer seu próprio risco em relação ao surgimento câncer de mama: se a mulher tem um risco elevado, deve começar a fazer a mamografia a partir dos 35 anos, afirma.

— Precisamos que todas as mulheres se cuidem e estejam bem informadas, para que possamos enfrentar também problemas como filas para a realização da mamografia. Mamografias sem qualidade, profissionais insatisfeitos e tratamentos defasados são problemas reais e, muitas vezes, impedem seriamente o sucesso no combate ao Câncer — finaliza a oncologista.

Principais fatores de risco do câncer de mama:

:: Ser mulher
:: Predisposição genética ou hereditária
:: Primeira menstruação com menos de 12 anos
:: Mulheres sem história de gravidez ou com primeira gravidez após os 30 anos de idade
:: Obesidade
:: Tabagismo
:: Consumo de álcool (mais de 2 doses diárias)
:: Idade avançada
:: Histórico familiar de câncer
:: Menopausa tardia (mais de 55 anos de idade)
:: Mamas muito densa
:: Sedentarismo
:: Terapia de reposição hormonal combinada (por mais de 10 anos)

Quatro passos fundamentais para o autocuidado das mamas:

:: Conheça seu risco e converse com seu médico sobre esse assunto;
:: Faça os exames regularmente: vá ao ginecologista anualmente. Durante a consulta, o médico deve realizar o exame clinico das mamas. A partir dos 40 anos, realize a mamografia;
:: Conheça suas mamas e, diante de alguma alteração, procure o seu médico rapidamente;
:: Adote hábitos de vida saudáveis: tenha um peso equilibrado, alimente-se bem e faça exercícios físicos com frequência.



Matéria publicada no site do Jornal Zero Hora em 05/02/2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dia Mundial do Câncer: 80% dos casos são ligados a maus hábitos



Beber e fumar em excesso, sedentarismo e má alimentação contribuem para a manifestação da doença

Neste sábado (4), é comemorado o Dia Mundial do Câncer. A doença atingiu 7,4 milhões de pessoas em 2004 e, se a incidência continuar neste ritmo, em 2030, mais de 11 milhões devem enfrentar o problema, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é ruim, mas pode ser evitada, já que 80% dos casos estão relacionados à combinação de hábitos ruins, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

"O indivíduo que fuma, bebe (em excesso) e não pratica exercícios físicos tem muito mais chances de adquirir câncer que aquele que evita esses comportamentos", afirmou o oncologista e diretor da Oncomed de Belo Horizonte, Amândio Soares. Sendo assim, uma boa parcela da responsabilidade para reverter esse quadro está nas próprias pessoas. Com a intensificação das políticas anti-tabaco no Brasil, espera-se que esse risco seja reduzido.

Porém, de acordo com o oncologista, a ação não resolve totalmente o problema. "Diversos tipos de câncer são formados por uma combinação de fatores de risco. Nesse caso, estamos reduzindo um dos fatores, mas ainda existem outros, como o sedentarismo e a má alimentação", explicou ele. O fator genético também pode contribuir para o surgimento da doença.

Câncer em 2012
O relatório mais recente do INCA estima que em 2012 surjam 518.510 mil novos casos da doença em neste ano. O câncer de próstata, com 31.400 mil novos casos, e o câncer de mama, com 29.360, serão os mais frequentes. Na sequência aparecem o câncer envolvendo o pulmão, traqueia e brônquios com estimativa de 12.720 novos casos e o câncer de colo de útero, com 6.610.

Segundo o cancerologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Fernando Chicoski, o principal causador da doença nas vias respiratórias é o tabaco. "Muita tosse, falta de ar, escarro com sangue, rouquidão e feridas na boca podem ser alguns dos sinais de câncer", disse ele. O médico alertou que, na maioria das vezes, não há indícios da doença no estágio inicial, apenas quando a doença está avançada, por isso, a necessidade da prevenção.

A fumaça do cigarro também prejudica o organismo, pois a temperatura alta agride a mucosa brônquica. Ela contém cinco mil substâncias, entre elas as cancerígenas, como os hidrocarbonetos cíclicos. "O monóxido de carbono ao ser inalado diminui a oxigenação do organismo e, consequentemente, do cérebro, coração e rins", explicou Chicoski.

No caso do câncer de mana, o diagnóstico tardio é ainda o que torna a doença a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil. "Quando a doença é descoberta em fase avançada, as chances de cura são menores e os custos de tratamento aumentam consideravelmente", disse o mastologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cícero Urban.

A identificação da doença é feita em um exame clínico por um especialista, que pode detectar tumores superficiais de até um centímetro. Outro método é a mamografia, capaz de mostrar lesões iniciais, de milímetros. "Para pacientes com baixo risco, sem casos de hereditariedade, é recomendável exame clínico anualmente a partir dos 20 anos. Depois dos 40 anos, a mamografia deve ser inserida nessa rotina", recomendou Urban.

Matéria publicada no site do terra em 04/02/2012