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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Depois dos 50, mamografia será sem marcação


São Paulo - As mulheres paulistas com mais de 50 anos poderão fazer mamografias no mês de aniversário, sem necessidade de agendamento, em mais de 300 ambulatórios médicos de especialidades (Ames) e em quatro unidades itinerantes, que percorrerão a capital e o interior. O primeiro veículo de exames será inaugurado nesta quinta-feira, 26, em Santo Amaro, na zona sul, pela Secretaria de Estado de Saúde. O atendimento nas Ames e nas outras unidades começará em janeiro.

A expectativa é de que cada ponto itinerante do projeto, batizado de "Mulheres de Peito", faça mil atendimentos por mês. As carretas de exames terão estrutura para realizar mamografias, biópsias, exames histológicos (para detecção de câncer) e marcação de consultas, em caso de resultado positivo. Para cada mil mamografias, é prevista a necessidade de cerca de 50 biópsias - retirada de amostras de tecido para análise.

"Queremos que todas as mulheres do Estado de São Paulo se previnam contra a principal causa de morte por câncer entre elas", explica o secretário estadual de Saúde, David Uip. O programa não tem prazo para terminar, e a pasta ainda definirá os trajetos das unidades móveis de exame. Serão privilegiados os pontos de maior vulnerabilidade no acesso às unidades médicas onde há aparelhos de mamografia. A ideia é que elas fiquem entre 15 e 20 dias em um local e depois migrem para atendimento em outra região.

Cuidados

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), José Luiz Pedrini, alerta para a importância do diagnóstico rápido. "A identificação precoce da doença evita cerca de 30% das mortes", afirma. A SBM recomenda que os primeiros exames de mama sejam feitos em faixa etária ainda mais jovem, a partir dos 40 anos. "A idade mínima ainda é motivo de debates acadêmicos no Brasil e no exterior", diz.

Pedrini alerta, no entanto, para o índice de exames que não conseguem identificar a doença. Em cerca de 20% dos casos, de acordo com ele, a mamografia não detecta o câncer. "É necessário que os programas de governo prevejam ainda mais consultas e acompanhamento das pacientes", defende. 

Para ele, unidades itinerantes de consulta servem como incentivo, mas é fundamental conscientizar as mulheres sobre a prevenção. "É mais barato convencer as pessoas a irem aos locais de exame do que levar toda a tecnologia de diagnóstico para vários lugares", diz. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Matéria publicada no Diário de São Paulo

Tratamento de câncer é investigado

MPF analisa se tempo máximo entre diagnóstico e início do tratamento é respeitado na rede pública DIÁRIO DE S.PAULO

Filipe Sansone
filipe.sansone@diariosp.com.br


Após receber denúncias de pacientes, o MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito civil  para verificar se as secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo estão  respeitando o prazo máximo de 60 dias para encaminhar ao tratamento mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama.

O MPF também vai investigar a utilização de mamógrafos (aparelhos capazes de identificar tumores nas mamas) na rede pública de saúde paulista. Segundo o órgão, o parque mamográfico “é numericamente satisfatório para atender à população feminina entre 40 e 69 anos (público-alvo para o exame de mamografia). Mas o que se verifica é a baixa disponibilidade para realização de exames no SUS”.

Associações de apoio a pacientes com câncer de mama também afirmam que a mulher ainda encontra dificuldades para conseguir realizar o exame e  diagnosticar a doença.“Há locais na periferia de São Paulo onde, às vezes, é preciso esperar até seis meses para conseguir realizar a mamografia”, explica Graciela Messano, gerente executiva do Instituto Se Toque, ONG que facilita o acesso de mulheres de baixa renda ao diagnóstico precoce da doença. “Quanto mais precoce é a detecção do câncer, maior é a chance da cura”, explica.
Para o vice-presidente da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), José Luiz Pedrini, além da burocracia para a realização de procedimentos cirúrgicos, o valor pago pelo SUS pela operação é muito baixo. “Para a retirada total de uma mama a tabela SUS paga R$ 250 para a equipe inteira. Isso é inviável.”

Pastas alegam cumprir os prazos previstos

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o estado de São Paulo conta, atualmente, com 1.114 mamógrafos em uso e  “o parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde é de um aparelho para cada 240 mil habitantes. Desta forma, o total de mamógrafos em uso no estado é seis vezes superior ao preconizado pelo governo federal”.

A pasta também disse que “a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer vai ser implantada em até 20 meses e vai contar com 71 unidades integradas e uma única regulação, o que beneficiará mais de 12 mil novos pacientes por mês, facilitando o acesso ao tratamento e agilizando o período de realização das etapas do tratamento”.

A Secretaria Municipal de Saúde “estima que o tempo para início do tratamento do câncer de mama na rede municipal varia de 15 a 60 dias”. Segundo a pasta,  são diagnosticados no município aproximadamente 600 casos de câncer de mama por mês. A secretaria também diz que “de janeiro a agosto de 2013 a produção de mamografias, por estabelecimento sob gestão municipal, foi de 152.228 procedimentos e a produção de ultrassonografia mamária bilateral foi de 42.243”.

Plano de saúde terá de cobrir mais remédios contra o câncer


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Câncer de mama é o que mais mata as brasileiras

A estimativa é de que surjam, em 2013, em todo o país, 52,6 mil novos casos

 

Nesta semana, em Amor à Vida, Silvia (Carol Castro) descobriu que está com um nódulo no seio. Será o início de um desafio para a advogada, que vai encarar a batalha pela saúde com o apoio do ex-marido, Michel (Caio Castro). Quando pensamos em câncer de mama, é mais comum vir à mente a imagem de uma mulher mais velha com a doença. Mas jovens, como Silvia, também são afetadas. Segundo o mastologista José Luiz Pedrini, vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres de 15 a 49 anos, no Brasil. A estimativa é de que surjam, em 2013, em todo o país, 52,6 mil novos casos – cerca de 30% destes em mulheres abaixo dos 40 anos:
– É um problema de saúde pública, pois a incidência cresce de 1% a 2% ao ano no mundo inteiro, em todas as idades. No Estado, está previsto que 1.050 mulheres morram neste ano em decorrência da doença.
Surgimento inesperado e bem mais agressivo
Presidente do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), a mastologista Maira Caleffi lembra que, como a mamografia de rotina só é solicitada pelos médicos, geralmente, a partir dos 40 anos, o câncer de mama pode não ser detectado nas mais jovens. Só que a doença nesta faixa etária costuma ser mais agressiva, por isso, é necessária a rapidez no diagnóstico.
– As jovens devem ficar atentas e, em caso de dúvidas, procurar um especialista para o diagnóstico – aconselha Maira.

A presença constante de mulheres abaixo dos 40 anos no Imama levou o instituto a criar um grupo de apoio para as mais jovens:
– Elas têm outras necessidades, como sonhar em ter filhos após o câncer e não saber se conseguirão. É muito diferente ter câncer nesta idade.
Doença da vida moderna
Tipo de câncer mais comum entre mulheres, o de mama responde por 22% do total de
tipos de câncer que surgem a cada ano nelas. Se diagnosticado e tratado no início, tem boas chances de cura. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Não há como evitar, mas o aumento do número de casos da doença tem a ver com a evolução da vida atual da mulher: o estresse e o fato de ter filhos mais tarde podem contribuir. Entre as mais jovens, a doença é rara até os 20 anos e pouco frequente entre 20 e 30, mas, a partir dos 30, surgem mais casos, mais agressivos.

– O metabolismo rápido da juventude faz com que o câncer cresça mais – explica Pedrini.
Cuide-se e viva melhor
* Um conjunto de atitudes fará você viver com mais saúde, e, assim, evitar a doença: pratique exercícios físicos com regularidade e coma muitas frutas, verduras e legumes. Evite a obesidade, não fume e evite ingerir álcool em excesso.
* O estresse é um desencadeador do câncer. Se é difícil diminuir o ritmo de vida, procure levá-la de forma mais leve, incluindo atividades prazerosas, sem dramatizar os seus problemas no dia a dia.
* A partir dos 20 anos, faça o autoexame das mamas uma vez por mês, após a menstruação. A partir dos 40, solicite uma mamografia anual.
* Avise o ginecologista se, na sua família, houver casos de câncer de mama, pois os exames deverão ser feitos mais cedo do que o normal.
Auxílio
O Imama oferece grupos de apoio e de orientação para mulheres com câncer de mama. Conheça o trabalho da entidade em institutodamama.org.br ou pelo telefone 3023-7701.
Sabrina Helena Kwaszko, 34 anos, da Capital
"Aos 26 anos, senti que havia um pequeno nódulo na minha mama direita. E sentia uma dorzinha específica no lugar. Fui ao ginecologista, só que, na mesma consulta, descobri que estava grávida, e o assunto acabou ficando de lado. Depois que o Nicolas nasceu, o médico dizia que a dor era por causa da amamentação, e mais tempo passou. A minha queixa só foi levada a sério quase três anos depois, quando, aos 29, descobri que estava com câncer.

Tive a sorte de não ser um tumor tão agressivo, pois a doença poderia ter se espalhado durante todo este tempo. Mesmo assim, retirei a mama parcialmente e fiz radioterapia. Emagreci 15kg no tratamento e tentei encarar tudo com coragem, pensando no meu filho pequeno e na minha mãe, Olga, que teve câncer de mama também e sobreviveu. Queria parecer forte, mas tive que buscar apoio psicológico.

Há quatro anos, fiz a cirurgia e ainda monitoro. Tenho que me cuidar por, pelo menos, dez anos. Meu conselho é: não deixe passar se notar algo, busque um médico e insista nos exames. Não deixe tudo no ritmo do Sus, persista, vá atrás!"

Matéria do Diário Gaúcho - 
Lis Aline Silveira

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tempo de Reconstruir




Estrela de aventuras e dramas no cinema, a atriz norte-americana Angelina Jolie protagonizou uma polêmica e tanto em maio ao anunciar a retirada das mamas para evitar um possível câncer. Assim como sua mãe, morta aos 56 anos devido à doença, Jolie, de 38 anos, tem uma alteração no gene BRCA1, que aumenta o risco de aparecimento de tumor maligno mamário e ovariano. Conforme ela chegou a dizer, o procedimento reduziu em 85% a possibilidade de vir a ter o problema. A revelação ganhou as capas de grandes jornais e revistas em todo o mundo, foi destaque na tv e na internet e levou muitas mulheres a procurar clínicas para a realização de testes genéticos, que chegam a custar R$ 7 mil nos serviços particulares. A exemplo da artista, passaram  a considerar uma eventual mastectomia profilática, embora apenas 5% de toda a população tenha alteração nesse gene. O alarde foi tal que o Ministério da Saúde veio a público alertar sobre a falta de consenso científico quanto à eficácia da cirurgia feita por Jolie como forma de prevenção, razão pela qual o Sistema Único de Saúde (SUS) não custeia o exame de sequenciamento genético nem a cirurgia preventiva, apenas a de retirada quando o tumor é descoberto.

Essa remoção, é bom que se diga, não é tão mutiladora como no passado. O tecido mamário retirado pode ser compensado com a colocação de prótese de silicone, que em geral não causa efeitos colaterais. Duas semanas antes da polêmica, porém, passou quase despercebida a entrada em vigor da Lei nº 12.802, que obriga toda a rede de unidades integrantes do SUS a fazer a imediata cirurgia plástica para reconstrução da mama. Conforme a legislação, quando existem condições técnicas, a reparação será efetuada no mesmo procedimento cirúrgico. Caso contrário, haverá acompanhamento e a garantia de sua realização assim que a paciente estiver em plenas condições. A Lei nº 9.797, de 1999, já obrigava o poder público – e os planos de saúde, muito embora discordem disso – a reconstruir a mama, mas não estabelecia prazo. 

“Nós lutamos muito para que essa lei fosse aprovada”, comemora o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e médico do Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre, o mastologista José Luiz Pedrini. Para ele, é um grande passo. “O ideal é que a mulher submetida a uma mastectomia saia da sala de cirurgia com sua forma física preservada.” Outro, igualmente importante, será seu cumprimento, uma vez que centros cirúrgicos – assim como os serviços diagnósticos – ainda são insuficientes.
Como lembra o especialista, outro direito da mulher é recusar o procedimento imediato. No entanto, adiar pode significar viver para sempre mutilada, desprovida do símbolo maior da sexualidade e feminilidade. Segundo ele, isso é preocupante, pois cerca de 60% das mulheres que não reconstroem a mama imediatamente nunca mais o fazem, por medo, crença de estar sendo punida e diversos outros motivos. Realizada de imediato, a reconstrução não demora mais que 40 minutos e traz um benefício para o resto da vida. 

“Quando adiada, a forma da mama se perde para sempre, o cirurgião tem muito trabalho, tem de trazer pele de outro local, e a cicatriz será maior.” 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a cada ano surgem aproximadamente 52 mil novos casos. Só que a incidência da doença vem crescendo nos últimos anos, conforme a SBM. E não é devido ao aumento do diagnóstico pela maior cobertura de serviços radiológicos. É que, além de causas genéticas e da postergação da maternidade e da amamentação, que têm efeitos protetores, há fatores ambientais, que respondem por 95% dos casos. Entre eles, estão alimentação inadequada, com excesso de carne vermelha e de aditivos químicos, ganho de peso, em especial depois da menopausa, aumento do alcoolismo, do sedentarismo, do estresse e da depressão, que enfraquecem as defesas do organismo. Por isso, conforme os médicos, a busca por uma vida mais ativa, com uma postura mais positiva diante dos problemas, é a chave para ajudar a prevenir a doença. Uma realidade que exige ainda mais atenção a ações básicas de prevenção, como o exercício frequente do autoexame e a fidelidade às consultas de rotina.











quarta-feira, 15 de maio de 2013

"Angelina teve uma atitude corajosa", diz vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia


Atriz americana anunciou nesta terça-feira que retirou as duas mamas após saber que teria chances de desenvolver câncer


A notícia de que a atriz Angelina Jolie passou por uma dupla mastectomia preventiva nesta terça-feira levantou questionamentos sobre o procedimento. Aos 37 anos e mãe de seis filhos, ela explicou que decidiu fazer a cirurgia após descobrir que é portadora de uma mutação em um gene, que aumenta drasticamente o risco de câncer de mama e nos ovários. A informação circulou na mídia após a própria atriz americana ter publicado um editorial contando a experiência no New York Times.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini, elogiou o simbolismo da atitude:
— Extrair um seio é sempre uma decisão muito difícil para uma mulher. Angelina teve uma atitude corajosa, uma mulher que é um símbolo sexual e vem a público dizer que tirou as duas mamas para poder criar os filhos.

Angelina não tinha a doença, mas a testagem comprovou que tinha 87% de probabilidade de contrair câncer de seio ou ovário no futuro. Assim como a mãe, que morreu de câncer nos ovários, ela é portadora de uma mutação do gene BRCA1 (sigla de breast cancer), que predispõe ao câncer neste dois órgãos. 

Aos 60 anos de idade, metade das mulheres portadores dessa mutação têm câncer. Pedrini disse que a Sociedade Brasileira de Mastologia reconhece a existência do risco e defende que seja feita uma discussão de caso por caso para determinar pela extração ou não das mamas.

— Toda cirurgia é um procedimento agressivo e traz consequências — lembrou.
Segundo o médico, as gaúchas são muito mais reticentes do que as americanas neste aspecto, por exemplo. 

De acordo com a BBC, Jolie afirmou que médicos estimaram em 87% as chances da atriz desenvolver câncer de mama e em 50% o risco dela sofrer de câncer nos ovários. Ela teria começado em fevereiro o processo que terminou em abril. Após a cirurgia, estima-se que o risco dela desenvolver câncer de mama tenha caído para 5%.

"Não me sinto menos mulher", diz Angelina Jolie sobre mastectomia
Depois da morte de sua mãe, Marcheline Bertran, que lutou contra o câncer nos ovários por 10 anos e morreu em 2007 aos 56 anos, Angelina Jolie procurou evitar que os filhos passassem pela mesma dor que ela vivenciou.


— Eu decidi ser proativa e minimizar o risco tanto quanto possível — afirmou a premiada atriz.

domingo, 12 de maio de 2013

Operar rápido cura até 85% dos cânceres



A porcentagem de cura das pacientes com câncer de mama atendidas pelo Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, fica entre 80% e 85%, conforme levantamento feito pela unidade. O número é superior à média nacional e mundial. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o índice de cura entre a população de todo o mundo é de 61%. Já no Brasil, cerca de 70% dos casos são curados, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.

"A paciente é considerada curada após cinco anos de tratamento. Neste caso, a pesquisa envolveu mulheres atendidas entre 2007 e 2008. O período é necessário porque até uma lesão pequena pode desenvolver metástase. Porém, conforme o tempo passa, a chance é menor", explica o médico responsável pelo serviço de Mastologia do hospital, Guerino Barbalaco Neto.

A especialidade funciona há cinco anos e atende, em média, 20 mulheres por mês com câncer de mama e outras doenças que exigem cirurgia. Anteriormente, o serviço era oferecido no CHM (Centro Hospitalar Municipal).

Segundo Neto, o que justifica o alto índice de cura é o modo como o ambulatório prioriza as pacientes. Após passar por consulta em UBS (Unidade Básica de Saúde), a mulher é encaminhada até um centro de triagem para detectar se existe a suspeita do tumor. Se houver, de lá mesmo é marcada consulta no Hospital da Mulher.

"Só atendemos pacientes com lesão suspeita de câncer. Dessa forma, eliminamos aquelas que não têm a doença e, com isso, o tempo de espera das que realmente necessitam é reduzido em até seis meses", afirma o especialista.

Outra forma de detectar pacientes com possíveis tumores é por meio da busca ativa. Isso significa que quando mamografias são realizadas por encaminhamento de médico no Hospital da Mulher, e são percebidas alterações no resultado, a equipe entra em contato com a paciente e pede o seu comparecimento.

"Se houver a presença de um nódulo suspeito, já na primeira consulta é feita a biópsia, cujo resultado sai em sete dias. Os exames pré-operatórios também são solicitados na mesma ocasião. Por conta disso, o tempo médio de espera entre o primeiro contato da paciente com o médico e a cirurgia é de no máximo 30 dias", afirma Neto.

A preocupação quanto à agilidade é estendida à operação. Durante o procedimento, um médico patologista fica à disposição para analisar prontamente o material que será retirado. É o resultado da análise feito na hora que irá dizer se o cirurgião deverá remover mais tecido ou finalizar o trabalho. Dessa maneira, dificilmente a mulher se submeterá novamente à cirurgia.

Realizada a operação, o médico dirá se é necessária a continuidade do tratamento com radio ou quimioterapia. "Aqui só fazemos o procedimento cirúrgico. Quando a paciente precisa continuar o processo, ela é encaminhada para outras unidades, como o Hospital de Ensino Anchieta e o Cacon (Centro de Atendimento Oncológico), ambos em São Bernardo."

MEDOS

Para auxiliar a mulher e seus familiares a receber o diagnóstico, aceitar a doença e encará-la com mais segurança e tranquilidade, o serviço de Mastologista conta com equipe multidisciplinar composta por psicólogas, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, cardiologista e grupo de voluntárias da Associação Viva Melhor.
"Os maiores medos das pacientes são em relação à doença, à morte e à cirurgia", revela a psicóloga Patrícia Chicareli Costa, que trabalha no ambulatório há 2 anos e meio. "Embora haja o acompanhamento, algumas pacientes não aceitam a ajuda por pensarem que basta ter fé ou por associarem a psicologia à loucura."

Especialista defende busca ativa de pacientes

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini, elogia a busca ativa feita pelo Hospital da Mulher, em Santo André. "Concordo com esse modo de gestão e acho que o governo deveria investir nele. Essa iniciativa ajuda a reduzir o avanço da doença e diminui as taxas de mortalidade". A busca ativa consiste em levar atendimento à população sem esperar que as pessoas procurem pelos serviços.

"O governo faz campanhas contra o câncer de mama, mas em muitos locais as mulheres não sabem onde procurar ajudar. No SUS (Sistema Único de Saúde), a espera por consulta pode demorar de seis meses a um ano."

Segundo Pedrini, é impossível prevenir o câncer de mama, mas existem comportamentos que podem estimular o aparecimento da doença, como a ingestão de bebida alcoólica e a obesidade. Não ter filhos também aumenta em duas vezes a chance de desenvolver um tumor.

"As mulheres que possuem mais condições sociais e econômicas têm mais chances de apresentar a doença, pois sofrem mais com o estresse, fumam mais, bebem mais e optam por ter filhos tardiamente. Enquanto em Porto Alegre aparecem 112 novos casos para cada 100/mil habitantes por ano, no Norte do País esse número cai para 18. Já em todo o Brasil são 47 casos a mais", relaciona.

Atendimento é elogiado por mulheres

Conversar com a diarista Vera Lúcia Seixas Carvalho, 44 anos, é ouvir alguém alegre, cheia de disposição e com muita fé em Deus e na vida. São características comuns a muitas pessoas, não fosse o fato de que Vera passou por uma cirurgia no dia 23 para a retirada do seio esquerdo.

Essa não é a primeira vez que ela enfrenta o diagnóstico de câncer de mama. Em 2009, passou pelo mesmo procedimento e teve o seio direito removido.
Em ambas as situações, Vera Lúcia foi atendida no Hospital da Mulher. "Quando tive o primeiro câncer, o tempo de espera que me deram no Mário Covas foi de três meses a um ano. Não poderia aguardar tudo isso porque a situação era grave. Já nas duas primeiras consultas no ambulatório de Mastologia do Hospital da Mulher, o exame foi feito no mesmo dia", elogia.

A dona de casa Rita de Cássia de Marque Belchior, 59, que já é considerada curada por estar no seu quarto ano de tratamento, também diz ter sido atendida com rapidez. "Eles me deram toda a atenção e senti que fui tratada como prioridade", recorda.

RECONSTRUÇÃO

A partir de julho, o Hospital da Mulher realizará a reconstrução da mama em mulheres que foram submetidas a mastectomia.

O procedimento irá valer tanto para as pacientes que farão a cirurgia quanto para as já operadas. "Um cirurgião plástico trabalhará em parceria conosco. Antigamente os cirurgiões tinham um ponto de vista oncológico, mas hoje a preocupação é também com a estética", destaca o mastologista Guerino Barbalaco Neto.


terça-feira, 9 de abril de 2013

Proporção de casos de câncer no Rio Grande do Sul supera São Paulo



Tumores de mama, próstata e pulmão, além do melanoma, apontam maior tendência de crescimento no comparativo entre gaúchos e paulistas





São Paulo é líder nacional para as ocorrências de câncer no país, fator relacionado ao número de habitantes. São mais de 41 milhões de pessoas vivendo em território paulista, segundo o último Censo do IBGE. No entanto, no Rio Grande do Sul, onde a população é bem menor, com aproximadamente 10,7 milhões de pessoas, os números preocupam. O volume de casos da doença, estimado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), aponta tendência de alta quando considerada a proporcionalidade populacional entre os dois estados.

Dos seis tipos de neoplasia mais incidentes (com estimativa superior a 20 mil casos por ano) – pele não melanoma, próstata, mama feminina, intestino, pulmão e estômago - três deles têm maior número proporcional de casos. O dado mais alarmante, entretanto, é com relação ao câncer de pulmão. Enquanto São Paulo apresenta uma incidência estimada em 6.960 pessoas diagnosticadas, o Rio Grande do Sul aponta 4.180 ocorrências. Ou seja, entre os gaúchos, o câncer de pulmão atinge 2,3 vezes mais pessoas se a mesma projeção for considerada.

A médica pneumologista Beatriz Gehm Moraes atribui o índice alarmante ao fato de Porto Alegre liderar o consumo de tabaco e derivados entre as capitais brasileiras.

– Como aqui se fuma mais, as doenças relacionadas ao tabagismo, incluindo o câncer de pulmão, têm a sua incidência mais elevada. A taxa de ocorrências de câncer de pulmão em um determinado estado reflete o consumo de tabaco nesse local – associa.
Na opinião da especialista, a perspectiva é preocupante.

– Se não forem tomadas medidas mais efetivas de prevenção ao tabagismo, a tendência será de aumento na incidência de câncer de pulmão no RS – alerta. Estatisticamente, os fumantes têm risco entre 20 a 30 vezes maior de desenvolver a doença.

O melanoma, tipo mais agressivo do câncer de pele, apresenta uma projeção de crescimento superior em 16,9% com relação a São Paulo. O oncologista clínico Jéferson Vinholes, da Clinionco, justifica a tendência.

– Não temos a cultura da prevenção. Os índices de melanoma estão subindo incrivelmente e o uso atual de protetor solar apenas está prevenindo os resultados para os próximos 10 ou 20 anos. Os tumores que aparecem hoje são resultado da exposição acumulada nas últimas duas décadas – destaca. 

Se considerarmos todas as neoplasias que figuram no estudo realizado pelo INCA a cada dois anos, segundo a estimativa mais recente, o Rio Grande do Sul teria 14,5 mil casos de câncer a mais que São Paulo.


 (Texto publicado em zerohora.clicrbs.com.br)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Benefícios fiscais - câncer de mama‏





Infelizmente, uma das doenças que mais preocupam as mulheres na atualidade chama-se câncer de mama. O Estado do Rio Grande do Sul, segundo dados estatísticos, é onde se verifica a maior incidência desta doença que as mulheres gaúchas vem amargando, independentemente da idade e /ou classe social. O aspecto positivo é a prevenção e a conscientização pela necessidade de exames rotineiros, bem como o acompanhamento com seu médico ginecologista. Naqueles casos que há a ocorrência de intervenção cirúrgica, a recuperação também é muito satisfatória. Agora, o que poucas pessoas sabem, sendo este um direito pouco divulgado, é que a mulher que sofre intervenção cirúrgica (mastectomia) possui benefícios fiscais junto ao Estado do Rio Grande do Sul e União Federal (isenção de impostos) para aquisição de automóveis novos.  

Após sofrer a intervenção cirúrgica, a paciente acaba por ter limitados os movimentos de um ou dos dois braços, acarretando na dificuldade do manejo da direção de um automóvel. Neste sentido, com o fim de disponibilizar a igualdade entre os cidadãos, foi incluído na lei que prevê isenção de IPI, ICMS e IPVA para deficientes físicos em geral, o alargamento da isenção também para as mulheres que sofreram mastectomia por conta do câncer de mama. Trata-se de isenção dos impostos já explicitados para a aquisição de automóveis novos.
Especificamente a perícia médica do DETRAN é um pouco rigorosa no seu exame, tanto que em muitos casos, mesmo que esteja clinicamente comprovada a incapacidade da mulher de dirigir um "veículo comum" por conta da retirada das glândulas axilares em decorrência do câncer de mama, a perícia não tem deferido o pedido de isenção de ICMS e IPVA para a compra de veículos.  

Por conta do indeferimento na perícia médica do DETRAN, sugere-se o ingresso de demanda judicial para ver resguardado o direito da contribuinte, portadora de câncer de mama e que já tenha sofrido intervenção cirúrgica, de gozar do benefício fiscal que encontra-se expresso na lei estadual. A experiência tem nos dito que as chances de êxito, inclusive em pedido de tutela antecipada, são bem positivas uma vez que este é um direito assegurado pelo próprio estado. Aliás, a própria jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul vem reconhecendo o direito isenção para mulheres que tenham sofrido da doença de câncer de mama.

Portanto, muito embora as mulheres que tenham sofrido com o câncer de mama, que todos nós sabemos trata-se de uma doença grave e severa, após a pronta recuperação devem procurar os seus direitos para que façam gozar do benefícios da isenção de ICMS, IPVA e IPI para a aquisição de veículos novos. Trata-se de direito assegurado pela legislação e pela Constituição Federal através dos Princípio da Igualdade e da Isonomia. 


Fonte: Gustavo Cezimbra Hoff/ Carlos Cezimbra Hoff
Advogados


quarta-feira, 27 de março de 2013

Reconstrução mamária mais próxima das brasileiras

CAS aprova projeto de lei, que segue para Plenário do Senado. Sociedade Brasileira de Mastologia ressalta que iniciativa pode ajudar no resultado do tratamento do câncer de mama


A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou a cirurgia imediata reparadora para as mulheres vítimas de câncer de mama. Isso significa que a reconstrução das mamas deverá ser feita no mesmo momento cirúrgico da retirada do câncer em hospitais que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A proposta está no Projeto de Lei 2784/08, da deputada federal Rebeca Garcia (PP-AM). A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) ressalta a importância do PL, uma vez que cerca de 60% das mulheres que não se submetem à reconstrução imediata desistem de fazer o procedimento posteriormente. Com a mudança, as mulheres brasileiras receberão o tratamento completo, além de incentivar o diagnóstico precoce, ao romper o estigma da mutilação. A medida será um estímulo a mais para melhoria dos cuidados da paciente de câncer de mama no sistema público de saúde.

O próximo passo é o projeto ir para votação no Plenário da Casa e, se aprovado, seguirá para sanção da presidente Dilma Roussef. Se a iniciativa for aprovada, contribuirá para a saúde e a autoestima da mulher vítima de câncer, que não precisará passar por anos de espera até ter acesso à cirurgia plástica reparadora, poupando traumas psicológicos e sequelas físicas.

Segundo o projeto, se não for possível a cirurgia imediata, a paciente deverá então ser acompanhada e passar pela cirurgia plástica assim que suas condições clínicas permitirem. A Lei 9797/99, existente atualmente, prevê a reconstrução, mas não estabelece o prazo. Em função disso, hoje a espera pela cirurgia reparadora pode chegar a cinco anos, o que leva dezenas de milhares de mulheres a doenças depressivas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 50 mil brasileiras desenvolveram câncer de mama em 2012.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) também atua no tema, tendo formulado o Projeto de Lei 3442/12, junto com o deputado Alexandre Roso (PSB-RS). Além de prever a cirurgia imediata, o PL prevê que a razão da não reconstrução imediata deverá ser registrada no prontuário médico.


segunda-feira, 11 de março de 2013

05 de fevereiro: Dia Nacional da Mamografia - Hospital Conceição é destaque na qualidade do exame


A mamografia é o melhor instrumento para combater o câncer de mama
 

Em alusão ao Dia Nacional da Mamografia, comemorado nesta terça-feira, 5 de fevereiro, é realizada uma campanha no país para lembrar e mostrar a importância dos exames de mamografia, que é um dos melhores instrumentos para combater o câncer de mama. De acordo com o coordenador do Serviço de Mastologia do Hospital Conceição, José Luiz Pedrini, o câncer de mama pode ser curado, basta ser detectado precocemente para que haja um melhor tratamento para essa doença. Além disso, Pedrini ressaltou que, no Rio Grande do Sul, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) vêm conseguindo atender a demanda e oferecendo às pacientes tratamentos com qualidade. Ele lembra que o Estado tem a maior incidência da doença no Brasil, com cerca de 5.000 novos casos descobertos a cada ano.

Com a participação do Serviço de Mastologia e do Grupo de Voluntárias da Mama do Hospital Conceição, em 2005 foi realizada uma ação nacional para pedir excelência e mais atenção aos exames. Com essa atitude, o Conceição se transformou em um dos hospitais pioneiros na qualidade do serviço no país. “Os reflexos já podem ser vistos desde agora, com a redução na mortalidade por causa do câncer de mama no Estado”, revela Pedrini.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Anvisa aprova medicamento contra câncer de mama avançado

Expectativa é de que ele seja usado por 15% das pacientes oncológicas


Embora já exista certa variedade de drogas que agem no combate ao câncer de mama, a aprovação de novos medicamentos permite singularizar ainda mais o tratamento das pacientes oncológicas. Por essa razão, a notícia de que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estendeu o uso do everolimo para a doença é mais uma esperança para profissionais da área e mulheres vítimas desse tipo de câncer. Um pedido do laboratório que ele seja incorporado à rede pública de saúde será enviado nos próximos dias e a expectativa é de que o remédio atenda 15% das pacientes com câncer de mama.

A medida segue o entendimento de agências norte-americanas e europeias, que aprovaram o everolimo - droga já usada para outros fins - para pacientes na pós-menopausa com câncer de mama avançado. Outra exigência para o uso é que o tumor seja hormonodependente - característica de até 70% do total de casos -, ou seja, tenha seu desenvolvimento acelerado pelos hormônios femininos. A droga ainda é uma opção para quem sofreu metástase e fez tratamento com terapias hormonais, mas não mostrou resposta em relação às drogas usadas. Há anos que não era apresentada qualquer novidade para pacientes com esse perfil.
Desenvolvido pela Novartis, o ererolimo é uma droga oral comercializada exclusivamente pela marca Afinitor. A descoberta de sua eficácia foi decorrente de um estudo que englobou 724 mulheres. Os resultados mostraram que o tratamento com o medicamento mais que dobra a sobrevida livre de progressão da doença e o paciente chega a ter uma redução do risco de recorrência na ordem de 55%. O remédio e o tratamento hormonal que o acompanha custam oito mil reais por mês, conjunto que tem sido obtido por algumas mulheres por meio de planos de saúde ou via Justiça.

O câncer de mama atingiu 52 mil brasileiras em 2012 e, por essa razão, campanhas de prevenção continuam sendo fundamentais para reduzir o número. Veja a seguir algumas medidas para evitar a doença:


Exercícios

Um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos, publicado no Journal of the National Cancer Institute, apontou que adolescentes praticantes de exercícios físicos intensos diminuem as chances de sofrer de câncer de mama na fase adulta em até 23%. Nessa análise, a prática de atividade física deveria começar por volta dos 12 anos e durar por pelo menos dez anos para que a proteção contra a doença seja notada. Os pesquisadores relatam que isso acontece porque os exercícios são capazes de reduzir os níveis de estrogênio, hormônio relacionado ao risco de câncer. "A prática de exercícios físicos deve ser adotada para a vida toda. Ela diminui o estresse e ajuda no controle do peso, fatores que também influenciam no desenvolvimento de câncer de mama", explica o mastologista Domingos Petti.  


Amamentação

Além de trazer inúmeros benefícios para o bebê, a amamentação mantém a saúde das mamães em dia. Segundo um estudo feito pela World Cancer Research Fund, na Inglaterra, mulheres que amamentam os seus filhos por, pelo menos, seis meses têm 5% menos chances de desenvolver câncer de mama. "Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea", explica Domingos Petti. 


Ômega 3

Pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos, mostraram que óleo de peixe pode diminuir em até 32% as chances de câncer de mama. Isso acontece pela ação antioxidante do ômega 3, ácido graxo encontrado em abundância nos óleos de peixe.  


Estresse

O estresse está entre os fatores de risco para câncer de mama. "Alguns estudos mostraram que as mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver a doença", explica Domingos Petti. Ainda não se sabe muito bem porque o estresse aumenta as chances de câncer de mama, mas a relação entre os dois é bastante evidente. Técnicas de respiração, meditação e relaxamento, praticadas em Tai Chi e ioga, ajudam a controlar o estresse e a ansiedade. 


Soja

"Estudos observaram que a incidência de câncer de mama é menor em países asiáticos e descobriram que o consumo de soja e seus derivados, comum nesses países, ajuda na prevenção da doença", diz o médico do Hospital Oswaldo Cruz Domingos Petti. Segundo o especialista, isso se deve ao fato de a soja ser rica em estrógenos vegetais, um tipo de isoflavona que tem características bastante parecidas com o estrógeno, mas que não aumenta a proliferação de células mamárias, fator que aumenta as chances de câncer de mama.  


Longe do Álcool
De acordo com o médico Arthur Guerra, coordenador do Curso Médico da Faculdade de Medicina do ABC, o consumo de apenas 14 gramas de álcool por dia pode aumentar as chances de câncer de mama em 30%.  "O mecanismo de ação pelo qual o consumo de álcool aumenta o risco de câncer de mama ainda permanece desconhecido, mas sabemos que o álcool influencia as vias de sinalização do estrógeno, hormônio fortemente associado ao câncer de mama", explica. 


Peso sob controle

Ao atingir a menopausa, mulheres com sobrepeso ou obesidade correm mais risco de desenvolver câncer de mama. E mais: o excesso de peso ainda aumenta as chances do câncer ser mais agressivo. Segundo o mastologista Domingos Petti, um dos principais hormônios produzidos pelo tecido adiposo (formado por gorduras) é o estrógeno. Esse hormônio provoca a reprodução celular que, se for descontrolada, pode causar câncer de mama.  


De olho no histórico familiar

A maioria das mulheres devem começar a fazer mamografias anualmente após os 50 anos, mas, para quem tem histórico familiar de câncer de mama, o exame deve começar mais cedo. "Se um parente próximo teve câncer de mama aos 40, é preciso começar a fazer mamografias anualmente a partir dos 30 anos, por exemplo", explica Domingos Petti. 


Atenção a outros sintomas

Muitas mulheres não sabem, mas a aparição de caroço ou nódulo no seio não é o único sintoma da doença. "Além do caroço, outros sintomas como alterações na auréola e a presença de secreções podem ser um sinal de câncer de mama", diz o mastologista Domingos Petti. Ao notar um ou mais desses sintomas, a mulher deve procurar rapidamente um profissional e perguntar se é preciso fazer mamografia.  


Dieta rica em vegetais

Mulheres que consomem vegetais com frequência têm até 45% menos chances de desenvolver câncer de mama, de acordo com um estudo realizado pela Boston University. Alimentos como brócolis, mostarda, couve e hortaliças verdes são ricos em glucosinolatos, que são aminoácidos com um papel importante na prevenção e tratamento de câncer de mama.


Cuidado com a reposição hormonal

Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Segundo o Domingos Petti essa reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona - pode aumentar as chances de câncer de mama. "Está comprovado que o uso de reposição hormonal aumenta claramente o risco das mulheres desenvolverem esse tipo de câncer. Por isso, o uso de estrogênios em mulheres deve ser evitado", explica o especialista. Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário. Como alternativa à reposição hormonal, o especialista indica que a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada ajudam a controlar o aumento de peso e evitar doenças vasculares e osteoporose, principais preocupações das pessoas que entram nesse período feminino. "Com essas medidas, normalmente não é preciso fazer reposição hormonal de estrógeno ou progesterona", explica Domingos Petti.
 


Café

Tomar até cinco xícaras de café por dia tem um fator de proteção contra uma forma agressiva de câncer de mama, segundo um estudo feito pelo Breast Cancer Research. Os cientistas afirmam que as mulheres que tem esse hábito podem ficar até 57% mais protegidas. Mas é preciso tomar cuidado com o consumo excessivo de café, ainda mais se você tiver hipertensão ou sofrer de insônia. Por isso, consulte a opinião do seu médico antes de aumentar o consumo dessa bebida.
 

Matéria divulgada no site msn.com

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pressão para tratamento do câncer


A Sociedade Brasileira de Mastologia (AMB) e o Grupo da Mama do Hospital Conceição entregaram ontem uma representação ao Ministério Público para o cumprimento da lei que dá prazo de até 60 dias ao tratamento do câncer de mama.

O pedido foi recebido pela promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Marinês Assmann. Ela avaliou que a demanda é legítima, pois evidencia um problema grave que as mulheres vêm enfrentando no tratamento da doença.


Matéria do Jornal Correio do Povo - publicada em 11/01/2013