Juntos somos mais fortes. Fortes, enfrentamos qualquer obstáculo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Matéria publicada no Jornal do Comércio - 09/11/11


Porto Alegre, quarta-feira, 09 de novembro de 2011
Diagnósticos de câncer de mama chegam a 600 ao ano
Deivison Ávila
FREDY VIEIRA/JC

Somente o Hospital Conceição (HC), na zona Norte de Porto Alegre, realiza, por ano, aproximadamente 8.400 atendimentos relacionados à saúde da mama. Esse número leva em conta desde a primeira consulta até a resolução do tumor, em caso de descoberta do câncer. Do total de atendimentos, são diagnosticados 600 novos casos por ano. É como se, em quase um mês, todas as pessoas consultas fossem diagnosticadas com câncer de mama, já que são 700 atendimentos mensais na unidade destinadas à saúde mamária. O GHC é responsável por diagnosticar 40% dos casos em Porto Alegre.
O Mutirão da Mama realizado ontem foi o segundo do ano no HC, ainda referente às atividades do Outubro Rosa - mês dedicado á prevenção e aos cuidados com o câncer que mais mata mulheres no Estado. De acordo com o chefe dos Serviços de Mastologia da unidade, José Luiz Pedrini, a política do hospital é a de não poder passar o prazo de 30 dias entre a marcação da consulta e o diagnóstico final da paciente. "Temos dois objetivos bem claros nos mutirões: a primeira é a conscientização das mulheres e a outra é o resgate das pessoas que estão aguardando o atendimento há mais tempo", explica Pedrini.
O mastologista explica ainda que há um aumento real de 1% a 2% no surgimento de pessoas com a doença em todo o mundo. Sobre as novas incidências, Pedrini destaca a longevidade, a má-alimentação e o estresse causado pela vida moderna. "Outro agravante para o aumento dos casos são as mulheres que estão optando por não ter filhos ou tendo poucos", acrescenta o médico. Ele destaca que quanto mais ciclos de menstruação sem interrupção, maior a chance de as mulheres desenvolverem um nódulo.
A presidente do Grupo da Mama do Conceição, Flávia Nunes, realiza um trabalho há mais de 15 anos ao lado de outras mulheres que venceram a luta contra o câncer. "Nós acompanhamos as pacientes desde o momento em que elas recebem o atendimento até a descoberta do diagnóstico. Nos tornamos praticamente uma família", confidencia Flávia. Ao longo dos anos, a voluntária vem percebendo o crescente aumento no número de casos, além dos perigos da doença que também pode atingir os homens. "Em nossas palestras, não alertamos apenas as mulheres, mas os homens que, embora sendo bem menor o número de ocorrências, podem ser vítima de um nódulo na mama", alerta a presidente do grupo.
A doméstica Maria Vilma do Nascimento, 60 anos, descobriu a existência do mutirão através de sua patroa. "Ela chegou e me disse: vai lá, tira uma ficha e realiza a consulta. Me liberou do trabalho e pude vir até o hospital", relata. Com as ordens para a realização dos exames, a doméstica aguardava em uma fila para a marcação.
Rosa Maria Mattos, de 49 anos, foi encaminhada pelo Posto de Saúde Passo das Pedras, depois de detectado um nódulo aquoso. "Estava aguardando um mastologista e não conseguia marcar a consulta. O mutirão me auxiliou a marcar todos os exames", conta a autônoma. Pedrini lembra que a unidade de Mastologia do HC está aberta o ano todo para a marcação de consultas, mas que a maioria dos atendimentos é encaminhada pelos postos de saúde dos bairros. 
Mais informações podem ser obtidas no 2º andar da unidade ou pelo telefone (51) 3357.2030, das 7h às 18h.


Nenhum comentário:

Postar um comentário